segunda-feira, 2 de agosto de 2010

JULGAMENTOS E DESTINO FINAL DO PLANETA TERRA

Estudo elaborado por Pb Gilmar Custódio

INTRODUÇÃO

A palavra julgamento

O vocábulo grego traduzido por "tribunal" no Novo Testamento é "bema", cujo significado literal é "passo", representando "uma medida pequena".

A expressão em Atos 7.5 "No grego é bema podos" e é traduzido por "julgarei" "que denomina o espaço de um pé", referindo-se à plataforma oficial de onde se proferia discursos (At 12.21), juízos e sentenças (Jo 19.13), ou onde o réu comparecia (At 25.6).

Portanto, a palavra se refere ao "tribunal" ou a um "trono de julgamento".

O Novo Testamento menciona três tipos de tribunais:

Humano (1 Co 4.3), de Cristo e de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.10).

E com cinco categorias de julgamentos:

Julgamento das nações (Mt 25.31-40).

Julgamento de Israel (Ez 20.34-38; Ml 3.2-5).

Julgamento dos salvos nos céus (2 Co 5.10).

Julgamento dos anjos (1 Co 6.3; 2 Pe 2.4; Jd v.6)

Julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).

Neste último, serão julgados todos os homens não inscritos no Livro da Vida (Ap 20.12,15).

Após o julgamento, o destino ou estado final destes são identificados como "fogo e tormento eterno"(Mt 25.41,46) e, "segunda morte" (Ap 21.8).

E para os salvos novos céus e nova terra (Ap 21.2-8).

I - O SIGNIFICADO DO JUÍZO DIVINO

Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia. Romanos 11.32

O juízo divino é a resposta de Deus a humanidade. Como juiz declarou pela boca de seus profetas uma sentença, e essa sentença é uma petição da causa humana, da defesa do homem, do direito a vida, a liberdade, a alegria e a paz.

Deus declara uma sentença que justificará o justo e condenará o iníquo, defenderá a causa do inocente e cobrará das mãos do culpado a violência cometida, o dolo, a violação, ou seja, o tirar do outro aquilo que lhe era seu por direito, para satisfazer o eu.

Toda injustiça cometida contra o ser humano gera juízo, o profetas declararam juízos sobre nações, povos, comunidades e pessoas.

Há juízos contra o homem maligno e contra os espíritos malignos.

A sentença esta dada e ela é fruto de uma causa e essa causa é a liberdade dos filhos dos homens ao direito de uma vida cheia de justiça.

E somente uma parte da humanidade será justificada, a que sofreu o dano. A que causou o dano, a parte condenada, averiguada como inadimplente no amor, desumana, amiga da mentira, inventora de males, cheia de inimizades, prontas para ferir o próximo, arcará com as conseqüências de sua irresponsabilidade.

O homem vive debaixo da misericórdia divina. O homem exerce hoje sua maldade, sua iniqüidade, sem que haja repentino juízo sobre suas obras é uma condição de graça.

Deus permite que mesmo que o homem faça o mal, continue a viver, tendo todas as oportunidades de mudar, de rejeitar o mal e escolher o bem.

Milhões de pessoas caíram através de governos genocidas, milhões pereceram de fome por causa de condutas antiéticas de corporações.

Milhões morreram de enfermidades em virtude de produtos comercializados de conhecido caráter prejudicial ao ser humano.

Milhões foram enganados por falsos discursos de falsos lideres religiosos.

Milhões deixaram de desfrutar a plenitude da vida humana por serem enganados por uma falsa filosofia, ou por um sistema de valores de propósitos sombrios, dirigidos de forma proposital.

Milhões pereceram pelo desvio de verbas públicas, pela corrupção do sistema judiciário, legislativo e executivo da maioria dos paises denominados livres.

O significado do juízo divino é o homem indo de encontro a sua própria malignidade. Significa que as cordas da graça e do amor, da misericórdia, da tolerância foram cortadas.

O livro do Apocalipse é o livro dos juízos, o juízo é o momento do encontro do homem com o resultado de suas próprias atitudes, sem contar com as barreiras que o protegiam das conseqüências de seus próprios atos.

O juízo pode ocorrer na vida de um homem, numa área de sua vida. Ou para toda sua vida. Em cristo, o homem alcança misericórdia infinita. quando tivermos que ir de encontro a nossa maldade, ele irá conosco. Em Cristo, o juízo de Deus é sempre favorável ao ser humano.

Porque Cristo estabelece no nosso coração a condição de justiça, do caráter daqueles que reivindicam o bem, e que juntam suas vozes para resistir a tudo que destrói ou limita a vida humana.

Em Cristo a causa é a nossa causa. Em Cristo, seremos nós que iremos reclamar os direitos. Em Cristo podemos ser vitoriosos quando ocorrerem os juízos. Porque Deus concederá ganho de causa ao coração que anseia a justiça. Porque a misericórdia prevalecerá sobre o juízo.

II - JULGAMENTO DE ISRAEL (EZ 20.33-38; ML 3.2-5; Mt 25.1-30).

1. Tempo: Na segunda vinda de Cristo.

2. Lugar: Na Terra, no "deserto dos povos" (Ez 20. 35).

3. Juiz: Jesus Cristo.

4. Participantes: Judeus vivos ao tempo da segunda vinda de Cristo.

5. Base: Aceitação do Messias.

6. Resultado: Os salvos entrarão no reino; os perdidos serão lançados no lago de fogo.

7. Textos: Ezequiel 20. 33-38.

Acontecerá na terra após a manifestação visível e triunfal de Cristo. Separará os judeus fiéis dos infiéis, o trigo do joio. Uns serão condenados e outros desfrutarão do Milênio.

Quando será o julgamento?

No final da Grande Tribulação, por ocasião da segunda fase da volta do Mestre.

O local do julgamento será na terra, já que Israel é um povo terreno. (Ez. 20.34-38). Todos os Israelitas vivos serão reunidos e julgados.

A base do julgamento será a separação dos salvos do meio dos incrédulos. As obras de cada um serão avaliadas.

“Far-vos-ei passar debaixo do meu cajado e vos sujeitarei à disciplina da aliança; separarei dentre vós os rebeldes e os que transgrediram contra mim.” (Ez. 20.37,38)

O resultado será: Os incrédulos são tirados da terra... “Não entrarão na terra de Israel” (Ez. 20.37).

“E o servo inútil, lançai-o para fora, ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt. 25.30).

Os incrédulos são destruídos antes de começar o reino Milenial (um período de mil anos, onde Cristo reinará com os seus súditos. Será um reino de paz e justiça).

Os salvos são levados para a benção milenar. Nenhum rebelde entrará no reino. Sem vestes de núpcias (símbolo da pureza e justiça de Deus), o homem fica impossibilitado de adentrar as regiões celestiais.

“Ele purificará os filhos de Leví e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao Senhor ofertas justas.” (Mal. 3.2,3, 5).

III - JULGAMENTO DAS NAÇÕES (MATEUS 25.31-40)

1. Tempo: Na segunda vinda de Cristo a terra.

2. Lugar: Vale de Josafá (Joel 3:2)

3. Juiz: Jesus Cristo.

4. Participantes: Todos os crentes que escaparam da grande tribulação e os não crentes na terra: Mateus 20.1-16; 25.1...; 14...; 31...; Lucas 19.11-27. 5. Base: Tratamento dados aos "irmãos" de Jesus Cristo, ou seja, a Israel.

6. Resultado: Os salvos entram no reino; os perdidos são lançados no lago de fogo.

7. Textos: Mateus 25. 31-46; Joel 3:2.

“Congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos, repartindo a minha terra entre si.” (Joel 3.1,2)

Após o ajuntamento e julgamento de Israel, os gentios serão julgados:

O local do julgamento é na terra, no Vale de Josafá. Determinar este local é difícil. Talvez seja o vale da benção (2 Cr. 20.26) ou o vale de Cedrom que fica nos arredores de Jerusalém.

Na volta do Senhor um vale será criado. (Zc 14.4) Josafá significa “Jeová julga”, talvez seja esse o vale criado no Monte das Oliveiras.

Todos os povos ou nações serão julgadas.
A base do julgamento será o tratamento dispensado ao povo de Israel.

Ele aparecerá às nações como um pastor que separa as ovelhas dos bodes, é igual ao remanescente fiel de Israel que deram testemunho de Cristo durante o período da tribulação e não se curvaram diante da besta (Ap 7, 11.1-12). “Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt. 25.40,45)

O resultado será:

Aos destinados à direita “Vinde, benditos de meu pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt. 25.34).

Aos destinados à esquerda “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt. 25.41)”.

Este julgamento será efetuado sobre os vivos.

Elas se tornarão as nações que habitarão a terra durante a era do reino milenar, segundo a predição dos profetas do Antigo Testamento (Is 11.10).

1- Como será o Juízo das Nações?

Este julgamento não deve ser confundido com o juízo final!

Trata-se de um julgamento apenas de pessoas vivas, que de alguma forma passaram pela Tribulação e não morreram.

Ainda que a população da Terra fique muitíssimo reduzida; quando Jesus voltar, além do remanescente de Israel, existirão dentre as nações pessoas vivas ímpias e também pessoas vivas que não aceitaram a marca da Besta e creram na mensagem do Evangelho do Reino.

Na volta do Senhor existirão também nações inteiras que perseguiram a nação de Israel e serão punidas dentro do contexto mundial.

2- No julgamento das nações, são definidos em alguns pontos: ··.

1- Jesus separará quem entrará no Reino, de quem não entrará (os bodes serão separados das ovelhas (Mt 24.29-31; 25.1-13).

2- Jesus redesenhará o mapa mundial; Israel será “o cabeça” das nações; Jesus reinará sobre a Terra e a sede do governo mundial será Jerusalém. Algumas nações se tornarão insignificantes no contexto mundial devido ao tratamento dado aos judeus.

3- Não poderá haver influência satânica no reino do Senhor, por isso, Satanás será preso.

4- As condições serão as mais favoráveis possíveis para o ser humano, pois: As nações perversas serão punidas dentro do contexto mundial; os maus não entrarão no reino, Satanás estará preso, a humanidade terá a lembrança do castigo passado recentemente, o próprio Senhor Jesus estará reinando visivelmente e presente corporalmente na Terra, os homens terão a sua saúde restaurada e o equilíbrio da natureza voltará.

Para que o Reino comece com estas condições, será necessário antes o julgamento das nações com a reorganização da ordem perdida no caos da Tribulação.

IV - JULGAMENTO DOS SALVOS (2 CO 5.10).

Pode ser classificados em dois grupos:

1- Referente ao estado presente:

O julgamento da cruz (Jo 5.24; Rm. 5.9).

Na cruz, o Senhor Jesus recebeu em seu corpo a sentença divina, morrendo por todos os pecadores (Jo 5.25; 12.31; 19.17,18; 1 Pe 2.24; 3.18; Gl 3.13; Cl 2.13-15; 2 Co 5.21; Hb 9.26). Por isso, nenhuma condenação há para quem está em Cristo Jesus (Rm 8.1; Jo 5.24).

O julgamento do crente pela disciplina (Hb. 12.5-11);

O auto julgamento do crente (1 Jo 1.9; Sl. 32.51)

Hoje, quando um servo de Deus peca, tem o Senhor Jesus como o seu Advogado, mas deve fazer sempre um auto julgamento, confessando os seus pecados e colocando-se diante do Senhor (1 Jo 2.1,2; 1 Co 11.31,32; Hb 3.12,13; 12.7; 1 Pe 4.17; 1 Co 5; 1 Tm 1.20; Tg 5.16; 1 Co 4.3,4).

O homem regenerado sente que o pecado é veneno para sua vida espiritual. O antídoto é a comunhão com Deus, a meditação na palavra, um auto julgamento constante:

Alguém já disse “que o maior inimigo do homem é ele mesmo”. “É preciso autodisciplina, uma conduta ilibada”. “Sede Santos, porque eu sou Santo”. O imperativo moral do evangelho é algo que deve ser levado a sério.

2- O Tribunal de Cristo:

1. Tempo: Depois do arrebatamento da Igreja.

2. Lugar: No céu.

3. Juiz: Jesus Cristo.

4. Participantes: Todos os membros do "Corpo de Cristo".

5. Base: “Obras ao serviço da Igreja, no quadro do Mistério".

6. Resultado: Galardões ou perda de galardões.

7. Textos: 1 Coríntios 3.11-15; 2 Coríntios 5.10.

Ocorrerá logo após o Arrebatamento da Igreja.

É importante não confundir esse julgamento com os outros mencionados nas páginas sagradas.

Todos os salvos arrebatados serão julgados pelas suas obras, para receber ou não galardão (2 Co 5.9,10; Rm 14.10-12; 1 Jo 4.17).

Não se trata aqui de juízo para condenação, mas para avaliação do trabalho realizado para o Senhor (1 Co 3.10-15; 2 Tm 4.7,8).

"Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal." 2Co 5.10A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas "ante o tribunal de Cristo", de todos os seus atos praticados por meio do corpo, bons ou ruins.

Vejamos alguns pontos:

1- Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; Ec 12.14).

2- Esse julgamento ocorrerá quando Cristo vier buscar a sua igreja (Jo 14.3; 1Ts 4.14-17).

3- O juiz desse julgamento é Cristo (Jo 5.22, 2Tm 4.8).

4- A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; 2 Jo 8) de ficar envergonhado diante Dele "na sua vinda" (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15).
Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.

5- Tudo será conhecido. A palavra "comparecer" (gr. phaneroo, 5.10) significa "tornar conhecido aberta ou publicamente". Deus examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade,

a) - Nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16),

b) - Nosso caráter (Rm 2.5-11),

c) - Nossas palavras (Mt 12.36,37),

d) - Nossas boas obras (Ef 6.8),

e) - Nossas atitudes (Mt 5.22),

f) - Nossos motivos (1Co 4.5),

g) - Nossa falta de amor (Cl 3.23-4.1) e

h) - Nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).

6- Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).

7- As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: "Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer" (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10).

As boas ações e o amor do crente são lembrados por Deus e por Ele recompensados (Hb 6.10): "cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer" (Ef 6.8).

8- Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários: Obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30), recompensa (1Co 3.12-14; Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; 1Pe 1.7).

9- A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; 2Tm 1.16-18).

Deus vai conceder Cinco tipos de coroas nesse julgamento.

1ª - Coroa de Glória.
IPe. 5:4 (“E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.”).

2ª - Coroa incorruptível. I
Co. 9:25 (“E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.”)

3ª - Coroa de Alegria.
Fl. 4:1 (“Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados.”)

4ª - Coroa de Justiça.
II Tm. 4:8 (“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”)

5ª - Coroa de vida.
Ap. 2:10 (“Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida..”)

V - JULGAMENTO DE SATANÁS E DOS ANJOS DECAÍDOS (1 CO 6.3; 2 PE 2.4; JD V.6)

Julgamento dos Anjos:

Tempo: Provavelmente depois do milênio.

Lugar: Não especificado.

Juiz: Cristo e os crentes.

Participantes: Anjos caídos.

Base: Desobediência a Deus ao seguirem a satanás em sua revolta.

Resultado: Lançados no lago de fogo. Textos: Jd 6; 1Co 6.3
.
Depois do Milênio os anjos caídos serão julgados.

No fim do reino milenar de Jesus Cristo, Satanás será solto de sua prisão por um período de tempo. Ele sairá e enganará as nações e essa será a sua última rebelião contra Deus.

E terminará com a terrível destruição dos anjos rebeldes e junto com Satanás serão lançados no lago de fogo e ficarão ali para sempre.

“E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Judas 6).

O julgamento se dará antes do grande trono branco. Todos os anjos serão julgados.

“Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo..” (2 Pd2.4).

A base do julgamento:

Rebelião contra Deus. Deixaram à fidelidade e seguiram a Satanás. (Is. 14.12-17; Ez. 28.12-19).

O resultado será: Lago de fogo para sempre.

“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. (Ap. 20.10)

“Vi um grande trono branco e aquele e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles”. (Ap. 20.11)

Na verdade o juízo de satanás e os demônios já aconteceu, eles esperam apenas a condenação que lhes está reservada. Ez. 28.13-19

O diabo e seus anjos já têm o lago de fogo e enxofre como seu lugar eterno, pelo juízo que já recebera.

“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. Mt 25. 41.

VI - JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO (AP 20.11-15)

“Vi um grande trono branco e aquele e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles”. (Ap. 20.11)

O Julgamento dos mortos, ímpios e não redimidos.

Tempo: Depois do Milênio.

Lugar: Perante o Grande Trono Branco.

Juiz: Jesus Cristo.

Participantes: Todos os não-salvos desde o principio da humanidade.

Base: O que faz serem julgados é a rejeição da salvação em Cristo, mas o fogo do juízo é a demonstração de que pelas próprias más obras merecem a punição eterna.

Resultados: O lago de fogo.

Textos: Ap 20.11-15

O Julgamento do Grande Trono Branco é o julgamento final antes que os perdidos sejam lançados ao lago de fogo, é o lugar em que será lavrada a eterna punição aos perdidos pecadores. Ap 20.11-15.

Este julgamento ocorrerá após o milênio e após Satanás, a besta e o falso profeta serem lançados ao lago de fogo (Ap 20. 7-15).

Os livros ao serem abertos mostram os feitos de todos os homens, bons ou maus, pois Deus sabe tudo o que já foi dito, feito ou mesmo pensado; e Ele recompensará ou punirá cada qual de forma justa (Sl 28. 4; Sl 62.12; Rm 2. 6; Ap 2. 23; Ap 18. 6; Ap 22.12).

“Este será o grande dia: o Juiz, o Senhor Jesus Cristo, vestido de majestade e terror”. As pessoas que serão julgadas são os mortos, pequenos e grandes, jovens e velhos; altos e baixos; ricos e pobres.

Ninguém é tão vil que não tenha talentos dos quais deverá prestar contas; e ninguém é tão grande que possa se livrar da prestação de contas; não somente os que estiverem vivos quando Cristo vier, mas todos os mortos também.

Há um livro de memórias para o bem e o mal; o livro da consciência dos pecadores, mesmo que antes secreto, então será aberto. Cada homem recordará todos os seus atos passados, ainda que muitos os tenham esquecido há muito tempo.

No julgamento, serão abertos os livros:

1- O livro da consciência Rm 2.15;

2- O livro da natureza Sl 19.1-14;

3- O livro da lei Rm 2.12;

4- O livro do Evangelho Rm 2.16;

5- O livro das memórias Lc 16.25;

6- O livro das obras Ap 20.12;

7- O livro da vida Ap 20.15.

Todas as pessoas serão julgadas, e todas receberão de Deus o que merecem, ninguém se dará por inocente diante de Deus, porque cada um será julgado de acordo com os livros citados.

Os homens serão condenados ou justificados pelas suas obras; Ele provará seus princípios por suas práticas... Esta é a segunda morte, a separação final entre os pecadores e Deus.

Fica explicado que os justos gozarão de vida eterna na presença do Senhor e os ímpios sofrerão castigo eterno e separação eterna do senhor e a futura morada dos justos será o céu. (2 Co 5.1; 1Pe 1.4) e a dos ímpios será o inferno lago de fogo. (Mc 9.43-44; Ap 20.14).

Segue as condições finais dos ímpios e pecadores.

a) - Separação eterna de Deus. (Lc 13.25-28; 2Ts 1.9).

b) – Trevas exteriores. (Mt 22.13; 2Pe 2.4,17; Jd 6,13).

c) – Fogo eterno, ou seja, não se apaga. (Mt 18.8; Mc 9.43,45, 48; 2Pe 3.7;).

d) – Desprezo eterno. (Dn 12.2).

e) – Tormento eterno. (Ap 14.10-11).

f) – Castigo eterno. (Mt 25.46).

g) – Perdição e ruína eterna. (2Ts 1.8-9; Fp 3.18-19; Mt 7.13; Rm 9.22; 2Pe 3.7).

h) – Onde o fogo queima e o bicho não morre. (Mc 9.44).

i) – Ira de Deus. (Rm 2.5,8, 9; 1Ts 1.10).

j) – Retribuição (castigo equivalente à maldade). (2Co 11.14,15; 2Tm 4.14; Ap 18.6; 22.12).

K) – Segunda morte. (Ap 20.14; 21.8).

VII – O DESTINO FINAL DO PLANETA TERRA

A criação dos novos Céus e Terra

A cena que se abre após o juízo do grande trono branco é a dos novos céus e nova terra. Não se sabe se a nova terra será maior que a presente ou se o sistema solar será o mesmo.

Pois a Bíblia afirma que não haverá necessidade do sol ou da lua, o que indica que a luz do sistema atual não será necessária.

Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. (Isaías 65.17).

Deus irá desfazer todo o universo, através de uma bola de fogo, mas irá proteger os seus com o poder de Sua mão, e irá criar novos Céus e nova Terra.

Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.

Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convêm ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?

Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. (II Pedro 3.10-13)

"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." (Apocalipse 21.1)

Estes novos Céus e Terra serão absolutamente livres do pecado e de toda sua maldição:

Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. (Isaías 66. 22)

Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. (II Pedro 3.13)

A Nova Jerusalém

Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. (Hb 11.10,16)

A Jerusalém celestial já estará pairando sobre a Jerusalém terrestre durante o milênio e será morada de Cristo e de Seus remidos, enquanto estarão governando sobre a Terra:

E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. (Ap 21. 10)

E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. (Ap 21. 24)

E esta mesma cidade será morada eterna dos salvos

E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus." (Ap 21. 3)

A santa cidade será imensa

E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura.

E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais. (Apocalipse 21. 16)

Cada estádio, pelo sistema israelita, media aproximadamente 178 metros. Multiplicando 12.000 x 178 temos que a cidade tinha 2.136km de comprimento, de largura e de altura, com isto temos que Nova Jerusalém tem um volume maior que o de Plutão!

A Eternidade (a situação final do universo)

A Eternidade se iniciará com Cristo após ter vencido a todos os inimigos, sendo o último a morte, entregará o Reino Eterno ao Pai:

Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.

Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.

Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.

Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.

E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. (I Co 15. 24-28)

No reino os salvos estarão em completo e perpétuo gozo e sentirão indescritível felicidade eternamente:

E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Ap 21. 4)

Haverá completa comunhão com Cristo:

E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (Jo14. 3)

E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. (Ap 22 .4)

Haverá pleno conhecimento de todas as coisas

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. (I Jo 3. 2)

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. (I Co13. 12)

Haverá completa glória

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente. (II Co 4.17 )

Não haverá maldição

"E ali nunca mais haverá maldição contra alguém..." (Ap 22. 3a)

Os salvos servirão a Deus

"... e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão." (Ap 22:3b)

E reinarão os salvos com Deus para todo o sempre

E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.

E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida. (Ap 22. 5,17)


VII – O FUTURO DOS JUSTOS

O crente terá vida eterna em Jesus Cristo, a vida eterna não se refere apenas a existência eterna, pois todos os homens ímpios e justos existirão para sempre. A vida eterna em Cristo Jesus é com respeito a qualidade desta vida. O cristão tem a vida de Cristo.

A vida em Cristo é uma dádiva ao crente salvo é uma benção eterna que jamais lhe será tirada. (Cl 1.17; 2.20; 1Jo 3.2; Ap 2.10).

“E o testemunho é este, que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu filho. Aquele que tem o filho tem a vida; aquele que não tem o filho de Deus não tem a vida”. (Jo 5.11-12).

No paraíso, no reino milenar ou com Ele morando na Nova Jerusalém, o salvo sempre estará em sua presença, é a vida na Casa do Pai assegurada em Jesus Cristo. (Jo 14.2-3).

A habitação eterna do cristão é no céu, lugar que Cristo Jesus preparou.

01- O céu lugar onde Jesus está. (Jo 14.2,3; At 7.56; Lc 1.2; 2Co 5.2; Fp 1.23)

02- Céu lugar espaçoso com muitas moradas. (Jo 14.2,3)

03- O céu é o melhor lugar. (Hb 10. 34; 11.16)

04- O céu é o lugar ideal. (Mt 6.10)

05- O céu é lugar herdado. (1pe 1.4; Rm 8.17)

06- O céu é um lugar de recompensa. (Mt 5.12; 6.20; 19.21; Lc 12.33)

07- O céu é um lugar de louvor. Ap 19.1)

08- O céu é um lugar de esplendor e glória. (Ap 21.22)

09- O céu é um lugar alegre. (Ap 21.4; Mt 25.21,23; Lc 15.7,10; Hb 12.2)

10- O céu é um lugar de identidade pessoal. (Jo 14.2,3)


BIBLIOGRAFIAS
Apocalipse, versículo por versículo da CPAD
APOCALIPSE Capítulo XX - Severino Pedro da Silva

Bíblia de Referências SCOFIELD
Escrito por C. I. Scofíeld

http://www.cpad.com.br/ / Revistas e Lições Bíblicas

HENRY, Matthew. Comentário bíblico de Matthew Henry. 3. ed., RJ:CPAD, 2003, p. 1113-4).

Bíblia Plenitude – CPAD

Bíblia de Estudos Pentecostal – CPAD

Bíblia de Estudos Mundo Novo